Como afeta a minha saúde, uma tempestade de areia?

As bactérias podem aderir às partículas de pó, as quais são transportadas pelo ar, causando alergias ou crises asmáticas em humanos, mas pode ir para pior.

As tempestades de areia não são tão comuns em Portugal, mas alguma vez ter sofrido e trazem consigo efeitos na saúde, como alergias, crise de asma, gripe persistente… Fora de nossas fronteiras, Israel é um dos países que enfrentam esse tipo de fenômeno com mais; com tempestades de poeira e areia, provenientes de todos os pontos cardeais: do Saara para o nordeste, desde a Arábia Saudita, por noroeste e em zonas desérticas da Síria, por sua parte sudeste. Esta peculiaridade tem promovido um estudo no Instituto Weizmann de Ciências (Israel) para investigar como pode afetar o ser humano estar exposto a partículas de pó que transportam estas tempestades de areia e os resultados não são bons.
Uma equipe liderada pelo professor Yinon Rudich descobriu que as bactérias se aderem às partículas de pó e podem ser transportadas por milhares de quilômetros, afetando a saúde das pessoas. E é que algumas delas podem ser patogénicas e até mesmo ser prejudiciais para o ecossistema. As pesquisas mostram que as concentrações de bactérias na atmosfera aumentam durante uma tempestade de areia, então, que pessoas que estão na rua, pode estar exposta a mais bactérias do que o habitual e, por conseguinte, ficar doente.
Mas o problema não termina aqui, pois a equipe do Instituto Weizmann da ciência também descobriu que parte das bactérias transportadas neste tipo de tempestades levam consigo genes de resistência a antibióticos. Um dos desafios que enfrentam os cientistas no século XXI e que, geralmente, vem dado por um mau uso desses medicamentos, mas o fato de encontrar outras fontes de contágio é interessante para poder erradicar o problema. Mas a boa notícia, neste sentido, é que as concentrações destes genes com resistência a antibióticos não são tal altas, comparadas com as que possam transmitir os seres humanos e os animais de forma habitual. Portanto, os pesquisadores consideram que no momento não há por que alarmar, mas sim estar com um olho afiado.
Fonte: ScienceDaily
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