Clima conturbado na América Latina pode influenciar até nos vestibulares

O século XXI, desenvolve-se uma das nações que são capazes de fortalecer a graduação universitária de seus jovens. Por isso, é importante que se esteja discutindo judicialmente o ingresso na universidade, já que o ano passado foi aprovada a lei 27.204 que proíbe qualquer tipo de exame de admissão. A decisão judicial em favor da Universidade Nacional de La Matanza, que contesta a lei, coloca-se sobre o tapete esta questão, que faz o futuro de nossa universidade.

É notório que a maioria de nosso progressismo, animado, certamente por boas intenções relativas à inclusão social e a igualdade de oportunidades, apoie a entrada irrestrita, acreditando que assim se fortalece o processo de formatura de mais estudantes. Mas a realidade é muito diferente, já que está demonstrado que a melhor maneira de ter poucos graduados é justamente impedir a dedicação ao estudo em nível secundário, especialmente nos últimos anos.

Na maioria dos países, não regula o nosso entrada irrestrita e dentro dessa maioria se encontram os países governados pelo Partido Comunista. O exame de admissão que rendem anualmente mais de 10 milhões de jovens aplica a República Popular da China. O mesmo acontece no Vietnã, também governado pelo comunismo.

O único país latino-americano governado por um Partido Comunista é Cuba, onde neste ano já foram realizados os exames de admissão em maio. Na América latina, há governos de características revolucionárias, como a Nicarágua e Equador. Na lista de países com exames antes do ingresso à universidade também encontramos Brasil, Chile, Colômbia e México. Todos estes países têm, em proporção à população, muitos mais estudantes universitários do que nós, apesar de contar com menos alunos, pela simples razão de que sua vida estudantil é muito inferior à nossa.

 

Brasil e México aumentam as taxas de universitários

Por exemplo, Brasil e México já estão formando anualmente cerca de 80% mais de universitários. Retrocedermos ano a ano na América latina, devido a que a nossa quantidade de formandos é cada vez menor em relação a estes países. A explicação destas diferenças está na elevada vida de nossa população universitária, não só nas universidades estatais, mas também nas privadas. Esta deserção afeta 70 em cada 100 ingresantes às universidades estaduais e de 60 a cada 100 privadas.

Este considerável abandono, originada por uma deficiente preparação em nível secundário, prejudica o processo de aprendizagem em nossas universidades. Basta dizer que, depois de ficar um ano em uma faculdade estadual, a metade dos alunos não aprovou mais do que uma única matéria; no privadas em torno de 30% também não aprovou mais de uma matéria em um ano.

Como as outras nações latino-americanas indicam níveis de abandono e atraso nos estudos inferiores aos nossos, elas vêm ano a ano, ampliando a sua vantagem com relação a nós. A eficiência da formatura no Chile e na Colômbia é quase o dobro do que a nossa, já que têm uma vida de apenas 38 cada 100 ingressantes.

A experiência mundial indica que as exigências anteriores ao ingresso na universidade ajudam o estudante a encarar o futuro com responsabilidade e a compreender que o estudo no nível secundário é essencial se você aspira a uma graduação universitária. Justamente este é o grande dano que estamos fazendo com nossos jovens, já que lhes negamos a oportunidade de se preparar com o esforço e a dedicação com a qual estão se preparando os jovens da América latina, com governos variado cor político.